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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Capricho


Poema de Marin Sorescu
Tradução de Luciano Maia




A cada anoitecer
peço aos vizinhos
todas as cadeiras disponíveis
e leio-lhes versos.

As cadeiras são muito receptivas
à poesia,
se souberem como dispô-las.

Por isso,
eu me emociono
e durante algumas horas
conto-lhes
como morreu toda a minha alma
nesse dia.

Os nossos encontros
são de costume sóbrios,
sem entusiasmos
inúteis.

Em todo o caso
isso significa que cada um
cumpriu o seu dever
e podemos seguir
adiante.