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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

doze vezes


Olhos puros de nuvens pousam sobre ele como a ave na sua sombra. Está tão perfeitamente só que se exceptua do total. Fita o dorso dos livros que se arqueiam. Escuta a música que brilha nos sapatos. Por vezes, ao meio-dia, sorri doze vezes. Sorri também à noite quando tem medo. Põe em todas as suas sensações as algemas do sorriso.


André Breton, The Immaculate Conception